Prezado irmão Botero,

À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles. (Is 8.20)

À época que essa carta foi escrita (1 João), os destinatários da mesma estavam sendo seduzidos pelo docetismo gnóstico.

O docetismo era uma doutrina gnóstica do século I segundo o qual o corpo de Cristo não era real, porém só aparente *(grego dokeo = "parecer "). Era um erro relativo à natureza de Cristo. Negavam a encarnação de Jesus, *pois acreditavam que Deus sendo perfeito e infinito, não poderia sofrer.

O texto em epígrafe era um alerta à igreja Neo-testamentária como também são ensinamentos à igreja contemporânea contra os falsos mestres e suas doutrinas, *a que não sejamos seduzidos por esses impostores que fingem ser inspirados pelo Espírito Santo de Deus.

Esses dissimulados mestre não negavam que Jesus era o Messias mas negavam que *o Filho de Deus era realmente um homem, ou que ele na verdade assumiu a natureza humana em união permanente com a Divina.

E qual a implicação disso?
Se ele verdadeiramente não fosse um homem, se ele não derramasse o sangue dele literalmente na cruz, o plano inteiro da redenção como revelado seria uma ilusão e estaríamos ainda condenados pelos nossos pecados.

O apóstolo nos alerta do dever de todo cristão examinar toda e qualquer doutrina proposta, à luz da palavra de Deus: *- "AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. (I João 4:1)

Identificamos se uma doutrina é do Espírito de Deus através da Palavra de revelação já dada (Escrituras). No caso em epígrafe, os textos a seguir na própria palavra asseguram a humanidade de Jesus: *Jo 19.34-35; 20:25-27. *

:arrow: *Um outro exemplo:
Os espíritas negam uma outra doutrina balisar do cristianismo, a saber: a ressurreição corporal de Jesus. Afirmam os espíritas que: depois da ressurreição, quando quis deixar a terra, não tornou a morrer; seu corpo elevou-se, apagou-se, desapareceu, sem deixar vestígio algum... Jesus teve, pois, como toda a gente, um corpo carnal e um corpo fluídico... (A Gênese, Allan Kardec - Obras complestas, 2ª edição, edição especial, opus Editora, p. 1054, 1055).

Em outras palavras, Jesus ao morrer não ressuscitou, o que foi visto foi o seu corpo fluídico, que, acabou desaparecendo de vez.

E qual a implicação disso?

Paulo nos revela em Rm 1.4 que a ressurreição é a prova que Jesus é o Filho de Deus: "Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor".

Jesus reinvidicou ser o Filho de Deus e que ressuscitaria. Deus não sancionaria as ações e doutrinas de um impostor (At. 17.31). Se ele fosse um impostor Deus não o ressuscitaria, por conseguinte não haveria nenhuma compensação pelos pecados, ou seja: até hoje estaríamos condenados pelo pecado: "E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados." (I Co 15.17)

A Palavra de revelação já dada (Escrituras) declara a resurreição corporal de Jesus (Lc 24.1-3). O próprio jesus afirmou que ressucitaria corporalmente (Jo 2.19-22). Posteriormente, apareceu aos discípulos mostrando-lhes mãos e pés como prova evidente da Sua ressurreição (Lc 24.36-39), comeu diante deles (Lc 24.41).

Espero que tenha compreendido

Qualquer dúvida volte a postar aqui mesmo ok? *