Bem, pessoal, é óbvio que um livro que é ficção não pode, de forma alguma, ser tomado como guia, mesmo porque a Bíblia é a nossa bússola, mas não vamos simplesmente jogar o livro na fogueira, porque, com certeza, ele toca em algumas feridas nossas, falhas da igreja sobre as quais muitos de nós não gostaríamos de conversar, pelo medo de termos de reconhecer que a nossa religiosidade nos cegou, nos impediu de ver o Deus conosco. Com certeza há, no livro "A Cabana", muitas ideias incompatíveis com a Palavra, mas isso não impede de tirarmos lições valiosas do livro. Afinal, o que incomoda tanto? O livro apresenta a Trindade de uma maneira nada ortodoxa, mas muito didática. Há uma frase maravilhosa de um pastor presbiteriano que escreveu um livro sobre "A Cabana": "A nossa educação religiosa pode fazer com que tenhamos uma visão limitada de Deus." A frase é de Ricardo Costa, no livro "Diálogos na Cabana". Vale a pena ler o livro do Rev. Ricardo Costa e refletir sobre os pontos positivos e negativos de "A Cabana".
Talvez incomode o fato de Deus se apresentar como uma mulher, não é mesmo? Mas quem disse que Deus é homem ou mulher? Talvez incomode o fato de Deus mandar um bilhete pra alguém. Mas, se Deus mandou corvos alimentarem um profeta, porque não poderia mandar um bilhete pra alguém? É claro que "A Cabana" é ficção, eu sei disso, mas, sinceramente, não vejo por que muito do que está nesse livro não pudesse ser realidade.
E, para completar, há muita pregação mal preparada teologicamente que pode confundir as pessoas por demais. Então, se até nas pregações temos que analisar e reter o que é bom, por que não podemos ler "A Cabana" e fazer o mesmo?

Graça e paz a todos!