Muito bem !
Nos meus tempos de técnico em eletrônica, prestando manutenção em casas noturnas, a máquina de fumaça com glicerina sempre me foi uma peça intrigante.
Seu custo era elevado (hoje já é muito barato) e eu queria ter uma para minhas peripécias de final de semana. Peguei um tubo de cobre fino (obtido de uma velha geladeira em ferro velho) e um ferro de passa cujo cabo estava quebrado.
Acondicionei adequadamente o ferro com a chapa para cima em um gabinete de metal (adquirido em uma sucata na Rua Santa Efigênia). Visava com isso evitar o aquecimento excessivo na parte de controle da temperatura.
Cuidadosamente preparei com o caninho de cobre uma espécie de serpentina horizontal (zig-zag) com o tamanho o mais exato possível da chapa do ferro de passar.
Usei uma outra chapa metálica (daquele ferro velho) que prendi por cima da serpentina, fazendo dela recheio de um sandwich.
Deixei a ponta que seria a saída de fumaça, mais longa (cerca de 20 cm) e cerca de 10 cm na que seria a entrada. Conectei (aí vem a gambiarra !!!) uma bombinha de água de limpador de parabrisas (lembra do ferro velho?), succionando de um galãozinho de Glicerina (comprada em vidrinhos na farmácia de um amigo).
A bomba era 12 V (uma pequena fonte de alimentação presa ao conjunto seria suficiente) e o acionamento remoto era feito através de um ponto de conexão a um botão tipo push-button (serve aqueles de campainha). Após cerca de 2 minutos (com o ferro ajustado na posição algodão) já se podia dar a primeira bombada que saia fumaça !
Não sei quanto tempo durou a brincadeira... mas os restos dela (o Ferro de passar, pelo menos, durante alguns anos ainda esquentou meu copo de café nas madrugadas na bancada eletrônica...

Fonte: http://www.searadaciencia.ufc.br/querem ... sposta.php