Durante o 33º Congresso Nacional de Ufologia Científica, que reuniu 200 pesquisadores de cinco países em Curitiba (PR), o potiguar Jan Val Ellam – ou Roberto Freitas, seu nome real, defendeu a tese mais polêmica do encontro. Ele ateou fogo nas discussões ao cravar que em 2007 iremos finalmente estabelecer o contato com seres de outras galáxias. Freitas garante que o seu nome “cósmico” foi dado pelos seres extraterrestres. “Eu ouço vozes e elas me disseram que eu tinha que adotar esse nome”, diz Val Ellam.

Na ufologia há dois campos distintos de atuação: o científico (dedicado a pesquisas que aproximem a crença da ciência) e o místico, de apelo mais espiritual, quase religioso. Val Ellam pertence ao segundo grupo e se identifica como espiritualista. As discussões no encontro de Curitiba envolveram temas relacionados à ligação entre ufologia e espiritualidade. “Há 20 anos eu me comunico com inteligências não terrestres. Desde então recebo mensagens e, por ordem deles, as anoto em cadernos. Fui comunicado que o encontro irá acontecer nos próximos meses”, afirma. De acordo com o potiguar, que publicou 15 livros sobre esses papos siderais, os seres cósmicos são criaturas doces e amáveis. O oposto dos humanos, que, segundo as entidades extraterrestres, são uma espécie perdida entre a intriga, o ódio e a ganância. Essas fraquezas, nas palavras de Val Ellam, nos afastaram do convívio com os seres superiores. “Durante tempos estivemos juntos. Mas nossa violência nos condenou a uma quarentena cósmica. Esse tempo está terminando. Eles estão vindo para nos resgatar”, afirma o porta-voz galáctico.

Porém, o que mais impressiona no discurso de Val Ellam não são suas delirantes previsões, mas, sim, a sua sinceridade. Ao contrário de muitos gurus, ele não deseja que as pessoas saiam por aí pregando suas idéias. “Sei que esses fatos soam totalmente absurdos. Fica parecendo coisa de ficção científica. Por isso não quero forçar ninguém a acreditar em mim. Já tive problemas demais com isso.” Especialista em ufologia com mais de 40 anos dedicados ao assunto, o paulista Claudeir Covo é categórico: “Não acredito em profecias. Nunca vi uma se cumprir. Isso é um desserviço à ufologia.”

Fonte: Revista Isto é


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