Existem vários tipos de decoração, variando em uso e valor. Uma das mais úteis é a de fundo histórico-cultural. Se eu estou contando sobre Jonas indo a Nineve, eu menciono que Nineve era a capital do poderoso império Assírio. Uma descrição detalhada de Ur ajudará os estudantes a entender a decisão que Abraão enfrentou quando Deus pediu que ele se retirasse dessa cidade.

Outra ferramenta valiosa é o que é normalmente chamado de "ler entre as frases". Ao estudar narrativa bíblica, eu me pergunto, como será que aconteceu?
Como deve ter sido para Paulo, aquele que fazia as tendas nas manhãs de Éfeso e passava as tardes ensinando a Palavra em Tirano?
Ao descrever Paulo trabalhando eu uso o conhecimento dos costumes e da cultura daquele tempo, mas basicamente eu imagino como deve ter sido: as ruas quentes e empoeiradas, a maneira cansada como Paulo andou até a sala de Tirano. A tentação que ele deve ter sentido de desistir daquilo e tirar uma soneca.

Outro recurso útil de decoração eu chamo de "sentir o personagem da Bíblia"
Quando faço isso, eu me coloco dentro do personagem.
Eu olho através dos olhos de Abraão na promessa de Deus de que ele teria muitos descendentes, ao invés de apenas olhar depois de milhares de anos depois.
Como terá ele se sentido? O quanto ele realmente entendeu?
Outro tipo de decoração é adicionar conversa e uma ação. Sobre o que Adão e Eva conversaram no Jardim de Eden? Como Maria e José discutiram sobre o futuro nascimento de Jesus?
Adicionar um de conversa aqui e ali aumenta o apelo dramático das escritas.Um quinto método de decoração é interpretar. Jesus, quando tinha 12 anos, foi achado no templo e falou," Você não sabia que eu tinha que estar na casa do Meu Pai? Um livro segue com "Ele quis dizer que...." Sempre quando explicamos o significado nós estamos decorando com interpretação.
Nós também podemos decorar uma história substituindo ou adicionando paralelos ou situações modernas: A longa capa de José provocou a inveja de seu irmão, como se uma irmã ganhasse uma nova jaqueta, enquanto a outra tivesse que usar a velha.

Mesmo sendo necessário, últil e bom, decorar o texto, alguns problemas ocorrem.
Existe o perigo de fazer a decoração tão realista que os estudantes terão dificuldade de distingui-la da verdade. Também existe o perigo de que nós podemos usar a Bíblia de forma leve, como um esboço para nossas histórias decoradas. Ao estudar esses que eu acredito que usam a decoração efetivamente, eu notei que eles conseguem separar o que é verdadeiro, excluindo aquela decoração que não faz sentido, que não tem base.
Eles usam muito fundo histórico-cultura. Algumas vezes eles adicionam coisas que apenas podem ter acontecido, mas com completa compatibilidade com o texto verdadeiro. "Eu gostaria de pensar que isso aconteceu assim...." meu pastor introduziu seu sermão sobre a visita de Paulo às igrejas que ele fundou. "Talvez José tenha dito....", "Maria deve ter sentido..." Esses exemplos definem a diferença entre fato e suposição

Quando usar fundo histórico-cultural, é bom identificar a fonte da informação.
"Como você sabe tanto sobre Éfeso?" Um estudante pode perguntar. "Muitos historiadores dizem..." A História nos mostra isso", ou simplesmente "Eu li essa semana que..." irão mostrar que há alguma fonte concreta de informação.
Os melhores contadores de histórias bíblicas usam decoração como uma ferramente.
Nunca se depende na decoração para gerar excitação na Palavra. É uma ajuda para entender a palavra.
Serão as escritas da Bíblia as relevantes e divertidas.


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