Tópico: A Didática do Humor
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11-05-05, 05:03 PM #1
A Didática do Humor
A DIDÁTICA DO HUMOR
Utilizando os risos para contagiar os alunos da Escola Dominical
Por: Valmir Nascimento Milomem Santos
› Veja Mais: A Didática do Humor
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11-05-05, 09:54 PM #2
DEUS É GRANDE, USA SEUS VASOS PARA FAZER A SUA OBRA, MANDEI OUTRA MENSAGEM MAS Ñ SEI SE FOI ENVIADA.
A TUA MENSAGEM FOI DE GRANDE VALOR A MIM!
"SORRIR É UM GRANDE COMEÇO!" :D
DEUS ABENÇOE!
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12-05-05, 12:57 PM #3
Que maravilha de texto!
Que Deus continue te abençoando, e te fazendo benção na vida de tantos de nós!
Achei interessante também o fato de você colocar a referência no final. Gostei de conhecer o site "profissaomestre". Tem muita riqueza por lá também. Um professor saberá lapidar aquilo e encontrar preciosidades que podem ser utilizadas no meio evangélico.
Obrigada!
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12-05-05, 01:28 PM #4
re: A Didática do Humor
Assim como a técnica do giz-falante que postei no tópico http://www.ebd.escoladominical.net/foru ... php?t=1099 que exige a habilidade natural do professor como desenhista, inevitavelmente esta técnica também requer aptidão nata para desenvolvê-la numa aula. Apesar dessa limitação acredito ser muito importante pois o humor nunca foi bem visto nas igrejas, e sendo desenvolvido nos padrões descrito no artigo poderá constituir-se numa poderosa ferramenta no ensino.
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18-05-05, 05:19 PM #5
Valeu pelos comentários!
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24-05-05, 10:26 PM #6
re: A Didática do Humor
A edição número 180, de março de 2005 da Revista Nova Escola, nas páginas 60, 61 e 62 trouxe também esse assunto no ensino secular.
Anedota
* * *Papagaio Congelado
* * *Um dia, um sujeito ganhou de presente um papagaio.
* * *O bicho era uma praga. Não demorou muito,
* * *logo se espalhou pela casa.
* * *Atendia telefone.
* * *Gritava e falava sozinho nas horas mais inesperadas.
* * *Dava palpite nas conversas dos outros.
* * *Discutia futebol.
* * *Fumava charuto.
* * *Pedia café;, tomava, cuspia, arregalava os olhos, esparramava semente de girassol e coco por todo lado, gargalhava e ainda gritava para o dono de casa: "ô seu doutor, vê se não torra faz favor!".
* * *Uma noite, a família recebeu uma visita para jantar.
* * *O papagaio não gostou da cara do visitante e berrou: "vai embora, ratazana!" e começou a falar cada palavrão cabeludo que dava medo.
* * *Depois que a visita foi embora, o dono da casa foi até
* * *o poleiro. Estava furioso:
* * *– Seu mal-educado, sem-vergonha de uma figa!
* * *Estou cheio! Agora você vai ver o que é bom pra tosse.
* * *Agarrou o papagaio pelo cangote e atirou dentro da geladeira:
* * *– Vai passar a noite aí de castigo!
* * *Depois, fechou a porta e foi dormir.
* * *No dia seguinte, saiu atrasado para o trabalho e esqueceu o coitado preso na geladeira.
* * *Só foi lembrar do bicho à noite, quando voltou para casa.
* * *Foi correndo abrir a geladeira.
* * *O papagaio saiu trêmulo e cabisbaixo, com cara arrependida, cheio de pó gelado na cabeça.
* * *Ficou de joelhos.
* * *Botou as duas asas na cabeça.
* * *Rezou.
* * *Disse pelo amor de Deus.
* * *Reconheceu que estava errado.
* * *Pediu perdão.
* * *Disse que nunca mais ia fazer aquilo.
* * *Jurou que nunca mais ia fazer coisa errada, que nunca mais ia atender
* * * *telefone e interromper conversa, nem xingar nenhuma visita.
* * *Jurou que nunca mais ia dizer palavrão e nem "vai embora *ratazana".
* * *Depois, examinando o homem com os olhos arregalados, espiou dentro da geladeira e perguntou:
* * *Queria saber só uma coisa: o que é que aquele franguinho pelado, deitado ali no prato, fez?
* * *<font size="1">__________________________________________________ _____
* * * *Anedota recontada por Ricardo Azevedo, ilustrada por Michele</font></P>[/html]
Plano de aula
* Anedota é um gênero popular muito rico
*
* * *Quem nunca deu boas gargalhadas com uma história engraçada?
* * * *Gênero oral bastante popular, a anedota não tem, de acordo com alguns especialistas, o mesmo prestígio que o conto e o romance.
* * * *"Puro preconceito", afirma Roberta Hernandes Alves, professora de Língua Portuguesa da Escola Nova Lourenço Castanho, de São Paulo, e autora do plano de aula elaborado para turmas de 5ª série. "A anedota tem um estilo despojado e simples, mas que exige elaboração. As melhores histórias são as que utilizam recursos como a sutileza e a ironia em sua construção", explica. </P>
* * *As anedotas, como todo texto oral ou escrito, revelam valores, crenças e conflitos de uma sociedade. Por que as loiras, os portugueses e os cegos são personagens de muitas anedotas? Temas recorrentes como esses são um gancho para discutir preconceitos com a classe. Depois, mostre a estrutura do discurso oral e escrito que caracteriza a anedota e aproveite o texto de Ricardo Azevedo para rir com a garotada, enquanto desenvolve a leitura, a escrita e a oralidade.</p>
* * *Como identificar a estrutura de uma piada
* * *A anedota recontada por Ricardo Azevedo é bastante típica porque tem como tema o papagaio, ave associada no folclore brasileiro à esperteza, à astúcia e à capacidade de livrar-se de situações difíceis. "Ele é um símbolo do Brasil. Tanto que o país é chamado de Terra Papagalli pelos cronistas portugueses que chegaram aqui depois do descobrimento", lembra Roberta.
* * *
Para perceber o ritmo do texto, peça para os alunos lerem a anedota em voz alta. Ele inicia com informações curtas e diretas sobre o mau comportamento do papagaio; passa ao desrespeito à visita — o que gera um castigo; para só então chegar à parte final, em que o protagonista demonstra arrependimento.
* * *Um bom exercício de reflexão é questionar onde está o humor do texto. Será no castigo atribuído ao papagaio?
* * * *Em suas peraltices? Comente que a graça da anedota de Ricardo Azevedo está não apenas no arrependimento do papagaio, em princípio tão senhor de si, mas principalmente no fato de ele se comparar a um frango depenado que se encontrava na geladeira. A ave imaginou que o "colega" fizera algo bem mais repreensível do que ele.
* * *
Passe, então para um mapeamento das principais marcas que diferenciam esse gênero dos demais. A anedota é um gênero oral e popular que tem como objetivo provocar o riso. Seu texto é construído sempre no passado, com frases curtas e diretas. Caracteriza-se pela apresentação de uma situação, a narração de um fato e o desfecho. O espaço é, de forma geral, pouco caracterizado.
* * * *Peça, então, para a classe responder às seguintes questões com base na leitura de Papagaio congelado:</p>
* *
* * * *Qual o tipo de frase utilizada: longa ou curta?
* *
* * * *Que efeitos causam no interlocutor? * * *
* * * *Como é realizada a caracterização do espaço?</p>
* * * *Qual o tempo verbal que predomina no texto? Por quê?</p>
* ** *Qual a ordem das informações e como elas são apresentadas?</p>
* * *Anedota de qualidade tem final inteligente
* * *Discuta se esse texto lembra outras anedotas sobre a ave tagarela. Mostre que ele é parecido, sim, mas que se destaca pela qualidade. O autor não se valeu da repetição de lugares-comuns nem da exploração de preconceitos, como os que aparecem nas anedotas sobre mulheres loiras, cegos e sogras. Piadas de qualidade apresentam uma surpresa, não caem no óbvio e têm final inteligente, o que as diferencia daquelas que são escrachadas. Pergunte a opinião dos estudantes sobre as anedotas preconceituosas. Como eles se sentem quando se reconhecem nas narrativas?</p>
* * *Para enriquecer o repertório da turma apresente autores como Stanislaw Ponte Preta (1923-1968) e Millôr Fernandes. Os dois são mestres nessa arte e suas anedotas se misturam a um outro gênero — a crônica.
* * *Que tal a turma criar narrativas engraçadas?
* * *Chegou a hora de explorar a oralidade e a produção de anedotas.
* * * *Peça para a turma pesquisar algumas com a família e levá-las para a aula, de cor ou escritas no caderno. Avise que as mais picantes e as que utilizam termos chulos não são bem-vindas. Todos deverão contar suas anedotas para os colegas, mas antes dê noções de uma boa apresentação:
* * * * * * *estude a anedota antes de contar para não pular etapas e nem se esquecer dos fatos;
* * * *mude a voz de acordo com os personagens, faça gestos e interaja com os ouvintes para ter certeza de que eles estão acompanhando a narração.
* * *
O objetivo é desenvolver a linguagem oral e apontar as diferenças entre a apresentação oral e a leitura. Hoje é comum o envio de anedotas por e-mail, mas o remetente só consegue arrancar o riso do destinatário quando sabe escrever bem. Nesse caso, as ilustrações são elementos que ajudam no entendimento.
* * *
* * Peça que os estudantes criem uma anedota nova ou recriem uma das que foram contadas em classe, invertendo seu sentido original ou quebrando preconceitos e expectativas já gastas. O importante é lembrar à garotada a necessidade de trabalhar com um humor fino, baseado na sutileza e na ironia. Termine com um divertido festival de anedotas.
* *
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/edico ... dota.shtml]www.novaescola.com.br
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24-05-05, 10:33 PM #7
Re: re: A Didática do Humor
Postado originalmente por Roberto
O alerta contra piadas preconceituosas;
Qualidade das piadas (final surpreendente).
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25-05-05, 09:04 AM #8
Muito bom Roberto!!!
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20-06-08, 08:17 PM #9
Re: A Didática do Humor
Postado originalmente por Valmir Nascimento
Esse artigo postado em 2004 pelo Valmir foi publicado na Revista Ensinador Cristão número 36. Este é o segundo artigo postado pelo Valmir que foi publicado por esse periódico da CPAD. Parabéns Valmir!
:arrow: viewtopic.php?p=1717#p1717
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06-07-08, 05:12 PM #10
Re: A Didática do Humor
Irmão Roberto,
Eu que agradeço pela oportunidade de ter publicado meu artigo aqui no site.
Em Cristo,
Valmir
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