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Tópico: POR QUE NÃO VEMOS AS CURAS QUE GOSTARÍAMOS DE VER?

  1. #1
    j2e3 está desconectado Avatar de j2e3
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    POR QUE NÃO VEMOS AS CURAS QUE GOSTARÍAMOS DE VER?

    Para iniciar esta reflexão, digo que seria melhor se não houvesse doentes, que não precisássemos de cura, de remédio, de médicos.
    O motivo de não vermos as curas que gostaríamos de ver não é porque não há doentes. Sempre haverá até que o que é incorruptível se revista de incorruptibilidade, ou até que se inicie o tempo da paz em que árvore da vida, no centro de Jerusalém, servirá para cura das nações (Ap. 22.2).

    Sendo assim, vejamos o que pode levar à escassez do agir de Deus:

    Muitas passagens bíblicas poderiam ser mencionadas com o intuito de salientar que o problema está em não buscarmos a Deus suficientemente – ênfase em quantidade.

    A minha ênfase será no como e não no quanto – o como prepondera, na palavra de Deus, sobre o quanto. O quanto se valida no como e não o contrário.

    Portanto, por que os milagres, no nosso caso as curas, diminuíram tanto?

    Parece-me que muitos que tinham fé e ou têm fé para a cura, passaram a focar outras coisas em suas vidas, outros interesses, e por serem sinceros, honestos consigo mesmos e com Deus, se sentem sem liberdade para buscar a cura de Deus, uma vez que sentem e sabem que estão vivendo à margem da perspectiva de Deus para as suas vidas (conseqüência do como estamos vivendo).

    Também, muitos dos que estão pregando cura em seus ensinos, congressos, seminários estão com o foco voltado para outros interesses que não verdadeiramente o dá manifestação da graça. Explico. Muitos têm o foco no seu ministério (o ministério para eles virou o centro – isto, às vezes, acontece inconscientemente pelo acalento do contexto).

    Ministério é Deus alcançando alguém pela sua manifestação em nós, manifestação que pode ser pelo pregar, cantar, escrever, orar, ensinar, viver ou pela interação de mais de um desses aspectos.

    Quando o foco é a manifestação em si e por si só, deixando em segundo plano o que a manifestação traz – a revelação, a materialização do amor de Deus, o cuidar de Deus para conosco – o ministério, que seria o canal da benção de Deus, se esvazia em exibicionismo e glória humana.

    Ainda, muitos entendem que para haver um bom ministério, a cura tem de obrigatoriamente estar presente e aí caem em armadilhas que podem levar, e, em certos casos, levam, à encenação, forçação de barra. Acabam pregando cura por pregar, apenas como um item da pauta de um pregador; cantam curas e milagres que não aconteceram por força de uma pauta.

    Deus não compactua com a falta de sinceridade na alma, restando-nos a experiência rasa.

    Se formos sinceros e admitirmos que somos nós os responsáveis pela falta da operação de Deus e pararmos de ficar forçando determinações de cura sem sinceridade de vida, provavelmente veremos mais de Deus.

    Mas há quem diga: “quem não enfatiza, quem não determina é crente sem fé, que não é arrojado, é borocoxó”. Volto a defender o que penso. Primeiro vem o como e não o quanto. Posso enfatizar à vontade, sem medida, aliás, o positivismo ensina isto, mas se o que digo não procede de intimidade-em-dependência-de-Deus, pouco vale. Quando Jesus disse que o nosso falar deveria ser sim, sim ou não, não, entendo que ele se referia não somente às palavras que pronunciamos, mas também a vida que vivemos, pois não pode haver contradição entre os dois aspectos, os quais fazem parte do como vivemos.

    Crente que não visa a si mesmo, mas a Deus em primeiro lugar, que ainda quer viver a humildade está cada vez mais raro, e isso nem sempre por culpa intimamente e definitivamente do crente, mas como resultado da forma como foi ensinado a compreender as coisas espirituais. Se ele tem culpa, a culpa está em não ir à fonte, à palavra, está em aceitar tudo que lhe dão pronto à mão como verdade, sem nada questionar, sem reflexão.

    Como Deus pode nos atender numa condição dessa?

    Se nós não suportamos a falta de sinceridade dos outros para conosco quanto mais Deus. Um professor secular observa que há alunos que querem ser alvos da sua boa avaliação, mas não querem ser partícipes do que os leva a ser bem avaliados. Muitos deles não lhe dão alegria durante a jornada de aprendizagem; o professor encontra neles apenas um interesse pessoal de vantagem própria, de burlar o processo. Mas também esse mesmo professor tem fantásticos alunos, os quais, eles mesmos, constroem com a sua vivência, participação e interesse a avaliação positiva que lhes é feita. Assim é espiritualmente. Ou será que não?

    Deus se aborrece quando o nosso relacionamento perde o foco e não mais interagimos com Ele na dependência do seu amor.

    Temos caído no vício de pedirmos, de determinarmos cura, porque somos pentecostais ou isso ou aquilo e, como tais, não podemos deixar de tê-las.
    Penso que Deus não está atrelado a nossa história, a nossa tradição, a nossa visão como denominação, a não ser que isso seja fruto de uma relação de verdade, do profundo esvaziamento de nós mesmos.

    O que depreendo de tudo o que vejo à minha volta, hoje, no meio cristão é isso: o que mais estaria prejudicando o manifestar de Deus, não são as horas de oração que não estão sendo tiradas (ainda que muitos estejam tirando), não são os jejuns que diminuíram (ainda que muitos estejam fazendo), não é a falta de leitura sistemática da palavra (muitos estão lendo), coisas enfatizadas por pregadores como chave para o mover de Deus. O que mais estaria prejudicando o agir de Deus, a meu ver, é a nossa atitude de dependência dos nossos próprios interesses, força que nos atrai para nós mesmos, e nos põe no centro.

    Essa força é um tipo de síndrome de Simão o mágico. Eu quero ter, mas é para eu aparecer, e que o que em mim se manifesta que seja para a minha elevação.
    Isso é algo que se revolve dentro de nós de quando em quando e somente Jesus para nos ajudar! Alguém que começou santo, justo, sincero, verdadeiro não está imune a isso, uma vez que Jesus nos ensinou a negarmos a nós mesmos. Quando o exercício do negar-se a si mesmo se esfria, o que era velho (velho homem) vira novo, o que passou, reaparece.

    Paulo mostrou a Timóteo duas coisas que não podem faltar na vida do cristão e que o fazem voltar ao negar-se a si mesmo: fé e boa consciência - conservando a fé e a boa consciência, rejeitando a qual alguns fizeram naufrágio na fé (Timóteo 1.19).

    Se perdemos muito da operação de Deus, talvez, é porque a nossa consciência se impregnou de interesses alheios ao evangelho.

    Também, oração, jejum, leitura, freqüência à igreja, participação em atividades, tudo isso pode ser feito com o impulso de algo que tendemos a desenvolver com o passar do tempo, o zelo, e que mascara a boa consciência enfatizada por Paulo.

    Zelo é algo que pouco tem a ver com intimidade-em-dependência-de-Deus, porém é algo que nós tendemos a desenvolver conscientemente ou inconscientemente para legitimar as nossas atitudes. Dentro de nós desenvolvemos o mecanismo de nos justificarmos pela exteriorização de práticas tidas como espirituais – no tempo de Jesus ele encontrou um sistema religioso que assim agia.

    Davi era segundo o coração de Deus não porque Deus o havia privilegiado, mas por que em Davi havia profundidade, sinceridade, intimidade-em-dependência-de-Deus apesar das falhas que teve. Havia a fé e uma consciência que lhe tocava e o instigava a arrepender-se.

    Disse Tiago que se alguém tem falta de alguma coisa, que peça a Deus. Podemos pedir fé que seja segundo a sua vontade. Esse pedir não é apenas insistência. Há quem pregue que é só insistir que tudo se resolverá. Insistência sem sinceridade de vida, por receita apenas, não tem efeito.

    Então, a falta de fé, a meu ver, é o que tem levado ao quadro que vivemos hoje; fé como dependência, como elemento que nos constrange à sinceridade, verdade, a nos apagarmos em Deus e que Jesus apareça, fé sem marketing, sem sensacionalismo, sem os interesses financeiros que moldam as pautas e ações de muitos daqueles que regem os trabalhos; fé sem fetiches, sotaque e cacoetes de imitação de evangelho que não é. Falta fé. Sem fé que transcende a qualquer mero interesse de manifestação, as legítimas manifestações diminuem, se excluem, não há curas, assim entendo.

    Vamos pensar nisto.

    José Martins
    http://blogdojosemartins.blogspot.com/


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  2. #2
    Meire Arado está desconectado Avatar de Meire Arado
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    Re: POR QUE NÃO VEMOS AS CURAS QUE GOSTARÍAMOS DE VER?

    A paz sim realmente falta de Fé , as pessoas de hj vivem mas para si mesma, e dão outros valores
    coisas materiais

  3. #3
    RosangelaF está desconectado Avatar de RosangelaF
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    Re: POR QUE NÃO VEMOS AS CURAS QUE GOSTARÍAMOS DE VER?

    Nossa! que benção. Golria a Deus!


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