Doce é o Perdão

Conta-se o caso de uma jovem pianista que havia dado concertos em localidades da Alemanha e para aumentar sua fama, anunciara-se como discípula do celebrado Liszt.

Ao chegar a uma cidade onde se tornara conhecida, ficou muito perturbada quando viu na lista dos recém-chegados ao hotel, o nome de Liszt! Que poderia fazer? Seu engano certamente seria descoberto, e nunca mais ousaria dar outro concerto.
Em seu completo desespero resolveu recorrer à misericórdia do grande artista.

Trêmula, rosto banhado em lágrimas de humilhação, ajoelhou-se a seus pés para confessar a fraude e implorar-lhe perdão. Relatou-lhe a história de sua vida.

Fora deixada órfã quando criança e, como nada mais possuía senão seus dotes musicais, tinha se aventurado a buscar proteção de seu grande nome, para assim vencer os muitos obstáculos e contratempos.

Sem isso nada teria conseguido. Porém ela lhe perguntou se lhe perdoaria.

– Venha, venha, – disse o maestro – ajudando-a a levantar-se – vamos ver o que se pode fazer. Aqui está o piano. Deixe-me ouvir uma peça das que vai tocar no concerto amanhã.

Ela obedeceu e começou a tocar, muito timidamente a princípio, mas logo com renovada esperança e entusiasmo. O grande músico postou-se a seu lado e lhe fez algumas sugestões sobre como melhorar. Terminada a peça, disse ele bondosamente:

– Agora, minha filha, eu lhe dei uma lição de música. Você é discípula de Liszt.

Antes que ela se pudesse recompor, ele acrescentou:

– Estão impressos os programas?
– Ainda não, senhor!
– Então mande acrescentar ao seu programa que você será assistida por seu professor, e que a última peça será executada por Franz Liszt.

Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades. Salmo 103:10

Tão doce é o Seu perdão...


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