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Responder ao tópico: A Didática do Humor

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Revisão de Tópico (Mais Novo Primeiro)

  • 06-07-08, 05:12 PM
    Valmir Nascimento

    Re: A Didática do Humor

    Irmão Roberto,

    Eu que agradeço pela oportunidade de ter publicado meu artigo aqui no site.

    Em Cristo,

    Valmir
  • 20-06-08, 08:17 PM
    Roberto

    Re: A Didática do Humor

    Citação Postado originalmente por Valmir Nascimento

    A DIDÁTICA DO HUMOR

    Utilizando os risos para contagiar os alunos da Escola Dominical

    Por: Valmir Nascimento Milomem Santos

    Esse artigo postado em 2004 pelo Valmir foi publicado na Revista Ensinador Cristão número 36. Este é o segundo artigo postado pelo Valmir que foi publicado por esse periódico da CPAD. Parabéns Valmir!

    :arrow: viewtopic.php?p=1717#p1717
  • 25-05-05, 09:04 AM
    Valmir Nascimento
    Muito bom Roberto!!!
  • 24-05-05, 10:33 PM
    Roberto

    Re: re: A Didática do Humor

    Citação Postado originalmente por Roberto
     
    Código HTML:
    [b]<font color="#CC0000">[b]Anedota de qualidade tem final inteligente[/b]</font>[/b]
          
    
    Discuta se esse texto lembra outras anedotas sobre a ave tagarela. Mostre que ele &eacute; parecido, sim, mas que se destaca pela qualidade. O autor n&atilde;o se valeu da repeti&ccedil;&atilde;o de lugares-comuns nem da explora&ccedil;&atilde;o de preconceitos, como os que aparecem nas anedotas sobre mulheres loiras, cegos e sogras. Piadas de qualidade apresentam uma surpresa, n&atilde;o caem no &oacute;bvio e t&ecirc;m final inteligente, o que as diferencia daquelas que s&atilde;o escrachadas. Pergunte a opini&atilde;o dos estudantes sobre as anedotas preconceituosas. Como eles se sentem quando se reconhecem nas narrativas?</p>
     
    Destaco dois detalhes nessa matéria:
    O alerta contra piadas preconceituosas;
    Qualidade das piadas (final surpreendente).
  • 24-05-05, 10:26 PM
    Roberto

    re: A Didática do Humor

    A edição número 180, de março de 2005 da Revista Nova Escola, nas páginas 60, 61 e 62 trouxe também esse assunto no ensino secular.


    Anedota
         Papagaio Congelado



         Um dia, um sujeito ganhou de presente um papagaio.
         O bicho era uma praga. Não demorou muito,
         logo se espalhou pela casa.
         Atendia telefone.
         Gritava e falava sozinho nas horas mais inesperadas.
         Dava palpite nas conversas dos outros.
         Discutia futebol.
         Fumava charuto.
         Pedia café;, tomava, cuspia, arregalava os olhos, esparramava semente de girassol e coco por todo lado, gargalhava e ainda gritava para o dono de casa: &quot;&ocirc; seu doutor, v&ecirc; se n&atilde;o torra faz favor!&quot;.
         Uma noite, a fam&iacute;lia recebeu uma visita para jantar.
         O papagaio n&atilde;o gostou da cara do visitante e berrou: &quot;vai embora, ratazana!&quot; e come&ccedil;ou a falar cada palavr&atilde;o cabeludo que dava medo.
         Depois que a visita foi embora, o dono da casa foi at&eacute;
         o poleiro. Estava furioso:
         – Seu mal-educado, sem-vergonha de uma figa!
         Estou cheio! Agora voc&ecirc; vai ver o que &eacute; bom pra tosse.
         Agarrou o papagaio pelo cangote e atirou dentro da geladeira:
         – Vai passar a noite a&iacute; de castigo!
         Depois, fechou a porta e foi dormir.
         No dia seguinte, saiu atrasado para o trabalho e esqueceu o coitado preso na geladeira.
         S&oacute; foi lembrar do bicho &agrave; noite, quando voltou para casa.
         Foi correndo abrir a geladeira.
         O papagaio saiu tr&ecirc;mulo e cabisbaixo, com cara arrependida, cheio de p&oacute; gelado na cabe&ccedil;a.
         Ficou de joelhos.
         Botou as duas asas na cabe&ccedil;a.
         Rezou.
         Disse pelo amor de Deus.
         Reconheceu que estava errado.
         Pediu perd&atilde;o.
         Disse que nunca mais ia fazer aquilo.
         Jurou que nunca mais ia fazer coisa errada, que nunca mais ia atender
           telefone e interromper conversa, nem xingar nenhuma visita.
         Jurou que nunca mais ia dizer palavr&atilde;o e nem &quot;vai embora  ratazana&quot;.
         Depois, examinando o homem com os olhos arregalados, espiou dentro da geladeira e perguntou:
         Queria saber s&oacute; uma coisa: o que &eacute; que aquele franguinho pelado, deitado ali no prato, fez?
         <font size="1">______________________________ _________________________

           Anedota recontada por Ricardo Azevedo, ilustrada por Michele
    </font></P>[/html]

    Plano de aula
      Anedota é um gênero popular muito rico

     

         Quem nunca deu boas gargalhadas com uma hist&oacute;ria engra&ccedil;ada?
           G&ecirc;nero oral bastante popular, a anedota n&atilde;o tem, de acordo com alguns especialistas, o mesmo prest&iacute;gio que o conto e o romance.
           &quot;Puro preconceito&quot;, afirma Roberta Hernandes Alves, professora de L&iacute;ngua Portuguesa da Escola Nova Louren&ccedil;o Castanho, de S&atilde;o Paulo, e autora do plano de aula elaborado para turmas de 5&ordf; s&eacute;rie. &quot;A anedota tem um estilo despojado e simples, mas que exige elabora&ccedil;&atilde;o. As melhores hist&oacute;rias s&atilde;o as que utilizam recursos como a sutileza e a ironia em sua constru&ccedil;&atilde;o&quot; , explica. </P>
         As anedotas, como todo texto oral ou escrito, revelam valores, cren&ccedil;as e conflitos de uma sociedade. Por que as loiras, os portugueses e os cegos s&atilde;o personagens de muitas anedotas? Temas recorrentes como esses s&atilde;o um gancho para discutir preconceitos com a classe. Depois, mostre a estrutura do discurso oral e escrito que caracteriza a anedota e aproveite o texto de Ricardo Azevedo para rir com a garotada, enquanto desenvolve a leitura, a escrita e a oralidade.</p>
         Como identificar a estrutura de uma piada
         A anedota recontada por Ricardo Azevedo &eacute; bastante t&iacute;pica porque tem como tema o papagaio, ave associada no folclore brasileiro &agrave; esperteza, &agrave; ast&uacute;cia e &agrave; capacidade de livrar-se de situa&ccedil;&otilde;es dif&iacute;ceis. &quot;Ele &eacute; um s&iacute;mbolo do Brasil. Tanto que o pa&iacute;s &eacute; chamado de Terra Papagalli pelos cronistas portugueses que chegaram aqui depois do descobrimento&quot;, lembra Roberta.
         
    Para perceber o ritmo do texto, pe&ccedil;a para os alunos lerem a anedota em voz alta. Ele inicia com informa&ccedil;&otilde;es curtas e diretas sobre o mau comportamento do papagaio; passa ao desrespeito &agrave; visita — o que gera um castigo; para s&oacute; ent&atilde;o chegar &agrave; parte final, em que o protagonista demonstra arrependimento.
         Um bom exerc&iacute;cio de reflex&atilde;o &eacute; questionar onde est&aacute; o humor do texto. Ser&aacute; no castigo atribu&iacute;do ao papagaio?
           Em suas peraltices? Comente que a gra&ccedil;a da anedota de Ricardo Azevedo est&aacute; n&atilde;o apenas no arrependimento do papagaio, em princ&iacute;pio t&atilde;o senhor de si, mas principalmente no fato de ele se comparar a um frango depenado que se encontrava na geladeira. A ave imaginou que o &quot;colega&quot; fizera algo bem mais repreens&iacute;vel do que ele.
         

    Passe, ent&atilde;o para um mapeamento das principais marcas que diferenciam esse g&ecirc;nero dos demais. A anedota &eacute; um g&ecirc;nero oral e popular que tem como objetivo provocar o riso. Seu texto &eacute; constru&iacute;do sempre no passado, com frases curtas e diretas. Caracteriza-se pela apresenta&ccedil;&atilde;o de uma situa&ccedil;&atilde;o, a narra&ccedil;&atilde;o de um fato e o desfecho. O espa&ccedil;o &eacute;, de forma geral, pouco caracterizado.
           Pe&ccedil;a, ent&atilde;o, para a classe responder &agrave;s seguintes quest&otilde;es com base na leitura de Papagaio congelado:</p>
       
           Qual o tipo de frase utilizada: longa ou curta?
       
           Que efeitos causam no interlocutor?      
           Como &eacute; realizada a caracteriza&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o?</p>
           Qual o tempo verbal que predomina no texto? Por qu&ecirc;?</p>
          Qual a ordem das informa&ccedil;&otilde;es e como elas s&atilde;o apresentadas?</p>
         Anedota de qualidade tem final inteligente
         Discuta se esse texto lembra outras anedotas sobre a ave tagarela. Mostre que ele &eacute; parecido, sim, mas que se destaca pela qualidade. O autor n&atilde;o se valeu da repeti&ccedil;&atilde;o de lugares-comuns nem da explora&ccedil;&atilde;o de preconceitos, como os que aparecem nas anedotas sobre mulheres loiras, cegos e sogras. Piadas de qualidade apresentam uma surpresa, n&atilde;o caem no &oacute;bvio e t&ecirc;m final inteligente, o que as diferencia daquelas que s&atilde;o escrachadas. Pergunte a opini&atilde;o dos estudantes sobre as anedotas preconceituosas. Como eles se sentem quando se reconhecem nas narrativas?</p>
         Para enriquecer o repert&oacute;rio da turma apresente autores como Stanislaw Ponte Preta (1923-1968) e Mill&ocirc;r Fernandes. Os dois s&atilde;o mestres nessa arte e suas anedotas se misturam a um outro g&ecirc;nero — a cr&ocirc;nica.
         Que tal a turma criar narrativas engra&ccedil;adas?
         Chegou a hora de explorar a oralidade e a produ&ccedil;&atilde;o de anedotas.
           Pe&ccedil;a para a turma pesquisar algumas com a fam&iacute;lia e lev&aacute;-las para a aula, de cor ou escritas no caderno. Avise que as mais picantes e as que utilizam termos chulos n&atilde;o s&atilde;o bem-vindas. Todos dever&atilde;o contar suas anedotas para os colegas, mas antes d&ecirc; no&ccedil;&otilde;es de uma boa apresenta&ccedil;&atilde;o:
                 estude a anedota antes de contar para n&atilde;o pular etapas e nem se esquecer dos fatos;
           mude a voz de acordo com os personagens, fa&ccedil;a gestos e interaja com os ouvintes para ter certeza de que eles est&atilde;o acompanhando a narra&ccedil;&atilde;o.
         

    O objetivo &eacute; desenvolver a linguagem oral e apontar as diferen&ccedil;as entre a apresenta&ccedil;&atilde;o oral e a leitura. Hoje &eacute; comum o envio de anedotas por e-mail, mas o remetente s&oacute; consegue arrancar o riso do destinat&aacute;rio quando sabe escrever bem. Nesse caso, as ilustra&ccedil;&otilde;es s&atilde;o elementos que ajudam no entendimento.
         
        Pe&ccedil;a que os estudantes criem uma anedota nova ou recriem uma das que foram contadas em classe, invertendo seu sentido original ou quebrando preconceitos e expectativas j&aacute; gastas. O importante &eacute; lembrar &agrave; garotada a necessidade de trabalhar com um humor fino, baseado na sutileza e na ironia. Termine com um divertido festival de anedotas.
       
    Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/edico ... dota.shtml]www.novaescola.com.br
  • 18-05-05, 05:19 PM
    Valmir Nascimento
    Valeu pelos comentários!
  • 12-05-05, 01:28 PM
    Roberto

    re: A Didática do Humor

    Assim como a técnica do giz-falante que postei no tópico http://www.ebd.escoladominical.net/foru ... php?t=1099 que exige a habilidade natural do professor como desenhista, inevitavelmente esta técnica também requer aptidão nata para desenvolvê-la numa aula. Apesar dessa limitação acredito ser muito importante pois o humor nunca foi bem visto nas igrejas, e sendo desenvolvido nos padrões descrito no artigo poderá constituir-se numa poderosa ferramenta no ensino.
  • 12-05-05, 12:57 PM
    EstrelaVix
    Que maravilha de texto!
    Que Deus continue te abençoando, e te fazendo benção na vida de tantos de nós!
    Achei interessante também o fato de você colocar a referência no final. Gostei de conhecer o site "profissaomestre". Tem muita riqueza por lá também. Um professor saberá lapidar aquilo e encontrar preciosidades que podem ser utilizadas no meio evangélico.

    Obrigada!
  • 11-05-05, 09:54 PM
    Cris
    DEUS É GRANDE, USA SEUS VASOS PARA FAZER A SUA OBRA, MANDEI OUTRA MENSAGEM MAS Ñ SEI SE FOI ENVIADA.
    A TUA MENSAGEM FOI DE GRANDE VALOR A MIM!
    "SORRIR É UM GRANDE COMEÇO!" :D
    DEUS ABENÇOE!
  • 11-05-05, 05:03 PM
    Valmir Nascimento

    A Didática do Humor


    A DIDÁTICA DO HUMOR

    Utilizando os risos para contagiar os alunos da Escola Dominical

    Por: Valmir Nascimento Milomem Santos

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